sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Hiper-Realismo

O Hiper-realismo, também conhecido como Realismo Fotográfico é um estilo de pintura e escultura, que busca mostrar a abrangência muito grande de detalhes, tornando a obra quase idêntica a uma fotografia ou a uma cena da realidade.
As obras hiper-reais, por apresentarem uma exatidão de detalhes bastante minuciosa e impessoal, geram um efeito de irrealidade, formando o paradoxo: “ É tão perfeito que não pode ser real”.

Teve início em 1968, apresentando expansão no início dos anos 70, tendo grande popularidade na Inglaterra e nos Estados Unidos.
O termo recente a uma tendência artística que tem lugar no final da década de 1960, sobretudo em New York na Califórnia, Estados Unidos. Trata-se da retomada do Realismo na Arte Contemporânea, contrariando as direções abertas pelo Minimalismo e pelas pesquisas formais da Arte Abstrata. Menos que um recuo à tradição realista do século XIX, o “Novo Realismo” finca raízes na cena contemporânea, dizem que os seus adeptos, e se beneficia da vida moderna em todas as suas dimensões: é ela que fornece a matéria e os meios de que se valem os artistas.
Diversos artistas utilizam também a fotografia como suporte, pintando sobre a imagem revelada no papel, por exemplo, Robert Cottingham (1935), Audrey Flack (1931) e Richard McLean (1934). Observa-se ainda a utilização de técnicas pintóricas que permitem obter um resultado final similar à fotografia. O uso do aerógrafo, por exemplo, permite o controle da quantidade de tinta a ser empregada e sua distribuição regular: cada área do quadro é pintada do mesmo modo. A pintura obtida, nesse caso, é lisa, sem texturas, nem empastes.
A retomada da figuração após a Segunda Guerra Mundial já havia sido empreendida pela Arte Pop, a partir dos anos 50, com o auxilio de símbolos retirados da cultura de massas e da vida cotidiana. A recusa ao “hermetismo” da arte contemporânea atração pelos temas e recursos técnicos oferecidos pelo mundo moderno, assim como a vontade de figurar a realidade de modo detalhado e impessoal aproxima o Hiper-Realismo da Arte pop. O reconhecimento dessas afinidades não impede a localização de afastamentos fortes entre os dois movimentos.
A Arte Pop volta-se preferencialmente para objetos estandardizados da sociedade de massas e para os ícones do mundo da mídia.
O mundo cotidiano retratado pelos Hiper-realistas, de modo geral, refere-se aos aspectos banais, às cenas e atitudes familiares, aos detalhes captados pela observação precisa.
No Brasil, essas novas preocupações tomam dimensões muito variadas após a década de 1960. São freqüentemente associados ao Hiper-Realismo alguns trabalhos de Galucio Rodrigues (1929-2004), Gregório Guber (1951), é possível identificar ecos do foto-realismo.

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